sábado, novembro 19, 2011


Britney Spears faz playback durante 1h30 em show em São Paulo

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Britney Spears subiu ao palco da Arena Anhembi nesta sexta (18). Trocou algumas palavras com o público, distribuiu sorrisos, dançou com um fã, trocou várias vezes de roupa. Mas não cantou. Não que isso seja alguma novidade: até os admiradores mais ardorosos da artista admitem que ela faz playback.
Em sua defesa, os fãs dizem que a prática é comum na música pop. É verdade. Mas alguém que não cante em nenhum momento sequer do show, como Britney fez no show em São Paulo, é raridade. As únicas vezes que se ouviu a voz de verdade da artista foram nas conversas com a plateia.
Essas rápidas palavras trocadas com o público deram outro argumento a favor do playback. Afinal, se Britney conseguiu soar esganiçada e , talvez não cantar seja mesmo uma decisão acertada.
Outra justificativa dos fãs para o playback é que é difícil para qualquer pessoa cantar enquanto dança. Mais uma vez, é verdade. Mas o problema é que, na maior parte do show, a dança de Britney se resume a andar de um lado para outro do palco. A coreografia exige bem pouco dela.
Por que pagar até R$ 600 (preço de um ingresso da pista premium) para ver uma cantora que não canta? A explicação é simples: Britney é uma celebridade. E o que o público quer de uma celebridade, mais do que possíveis amostras de talento, é a sensação de proximidade.
O importante é estar perto do ídolo (ou nem tão perto, no caso de quem comprou ingresso para a pista comum). Esse fenômeno, é óbvio, é norma nos shows de vários artistas. Mas o normal é que essa proximidade seja apenas um dos vários atrativos de uma apresentação. No caso de Britney, é o único.
Em todo o caso, foi o suficiente para deixar as 20 mil pessoas que ocuparam a Arena Anhembi nesta fria noite de sexta-feira. Após a apresentação, ouvia-se conversas aqui e ali sobre o playback, mas sem indignação ou muito menos revolta. Um comentário ouvido de passagem resumiu a impressão geral: "você esperava o que, que ela cantasse?"
A apresentação começou às 22h em ponto. Britney apareceu vestida de branco, "cantando" "Hold It Against Me", faixa de seu mais recente disco, "Femme Fatale" (também o nome do show). O público, animadíssimo, cantou (sem aspas) com ela todas as músicas desse primeiro bloco, que terminou com "Piece of Me".
O segundo bloco foi o mais fraco da noite, e nem o recurso de trazer um fã ao palco para ficar sentado enquanto a cantora dançava em seu redor conseguiu animar. As coisas melhoraram no terceiro bloco, que trouxe Britney usando um figurino egípcio e cantando "Gimme More".
No quarto bloco, a artista apareceu vestida de motoqueira para cantar o seu primeiro sucesso, "...Baby One More Time". Um pouco depois, foi a vez de outro hit, "I'm a Slave 4 U", talvez a música mais aplaudida da noite. Após "Womanizer", o show terminou.
Mas Britney, obviamente, ainda voltou para o bis. Foram só mais duas canções, "Toxic" e "Til the World Ends". Após 1h30 de playback, o show estava terminado.
E a cantora ainda conseguiu desafinar quando falou "What's up São Paulo"

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